domingo, 17 de outubro de 2010

Ainda nua

E eu me encontro mesmo quando canto pra você, quando canto pra mim. Hoje a tarde me deu um certo desespero, queria cantar, queria um lugar que tivesse um microfone ao alcance da minha voz, dos meus sonhos... foi dolorido olhar ao redor e não ver isso, não ter pra onde fugir, daí a minha única saída foi começar a escrever, por favor garçom, caneta por favor...
Veio na minha cabeça umas palavras tão encaixadas, quando como fazemos sexo com alguém que a gente ama, e eu fui me encontrando quase que num conto erótico, daqueles bem sacanas, daqueles que só de ler te dar vontade de gozar.
Minha alma melancólica deu vez a minha imaginação erótica! Fui me despindo peça a peça, a única coisa que me cobria ali, era a minha boca pintada de vermelho carmim! Eu completamente nua de voz, de pêlos, de roupas e de pudores...
Comecei a levitar, num balanço quase que alucinante, num ritmo frenético de vai e vem, de pensamentos que ficam e você não quer deixar ir embora... O garçom voltou na mesa, pediu a caneta de volta e eu aterrizei!
Mas isso não quer dizer que eu não vá voar novamente quando amanhecer!

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