segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Parada, estática, observando as nuvens negras que agora cobrem o Cristo redentor.
Me questiono se eram essas mesmas nuvens que abraçavam meu corpo essa noite e não me deixaram dormir.
Fiquei horas a fio coberta pela insônia fria da madrugada, contando cada segundo perdida nas horas que não tinham fim. Eu fui tão longe sem sair do lugar, fui tantas numa só!
Fui o medo do escuro, o calor das cobertas, o frio da madrugada, a dor da saudade, eu fui a solidão, a balzaquiana expulsa do mundo dos sonhos por Morfeu. Cantei em silêncio, silenciei gritando, gemi tentando ressonar.
Fui olhos vidrados na tela do computador, fui a leitura ruim, aquela que não sabia ao certo o que queria.

Quando por fim amanheceu, meu corpo exausto, já não tremia de frio, já não gemia de calor, entregou-se aos sonhos às 7h da manhã.
Entre passadas rápidas por lugares desconhecidos, por olhares amigos e pela leveza de um sonho bom, fiquei ali nos braços aconchegantes da preguiça.
Agora já despertei, como poeta, como o próprio silêncio no pensamento vazio e com o coração cheio de amor.

Silenciar é tão preciso quanto gritar!

Um comentário:

Rafael disse...

Oi Jaína, tudo bem? É o Rafa, de SP. Eu devo estar no RJ na segunda, terça e quarta da semana que vem. Se tiverem um tempinho, vamos tentar marcar um chopp no RJ. Quero ver também uma apresentação sua. Qualquer coisa, é só me escrever no rafael.almeida@lotti.com.br
Bjos