terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sempre fui Grande!


Eu me recordo claramente do quanto cresci mais que todas as minhas amigas...
As minhas pernas não paravam de crescer, e eu era teimosamente chamada de pernalonga. Eu achava que tinha que ser grande em tudo, embora muitas vezes eu tenha me sentido menor que um grão de mostarda, mesmo assim, eu teimava em me sentir grande!
Não falo apenas do tamanho das minhas pernas cumpridas e finas, falo principalmente da minha vontade enorme de realizar alguns sonhos. Muito maior do que meus anseios de não ter tempo de realiza-los, é a vontade que tenho de estar completamente realizada!
Quando volto à minha terra, vejo as mesmas amigas que estiveram comigo toda a minha infância e adolescência e percebo que nunca saí de lá!
Me vejo hoje, num dia em que tirei algumas horas pra ser feliz, para tb olhar para o futuro. E me vendo aos 3 meses de idade, séria e perdida nesse berço, me encontro aqui, risonha e achada nos braços do meu amor, ou simplesmente nas pausas durante o dia para aquele rabisco labial, que se fossem nanquim não fariam nem um traço se quer, de tão leve, de tão saboroso.
E eu só tenho a agradecer, porque o que me veio de realidade hoje, logo logo virão mais sonhos, que não estão nada distantes da minha realidade, as vezes com navio, outras com aviões, e por hora com cama box ortobom, ela assim, mão na cabeça para um breve cafoné, pés se enrolando suavemente no lençol, e eu aqui ao lado, escrevendo nexos e sem nexos de mim, perdida e achada assim, e vendo que o tempo...
... O tempo graças a Deus não é nada ruim!

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